Código do Trabalho: 74
Categoria: Estudo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE ÓBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ENTRE OS ANOS DE 2015 A 2021 NO ESTADO DE SANTA CATARINA.
Autores:
ELIANA MARCON CADORIN, LUIZI AGASSI BENEDET, ANA LUÍSA SCHMIDT FERREIRA
Tema Livre:
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) consiste na morte de células cardíacas por interrupção súbita e intensa do fluxo sanguíneo devido a presença de trombos, podendo se estender por diversas áreas do coração de acordo com o local de acometimento da obstrução1. O IAM no Brasil acomete cerca de 400 mil pessoas ao ano. Dentre esses eventos, a cada cinco a sete casos, um possui como desfecho o óbito. Assim, essa patologia representa a maior causa de óbitos no país segundo o Ministério da Saúde2. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de óbitos por IAM no período entre 2015 a 2021 no estado de Santa Catarina. Métodos: Consiste em um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, com coleta de dados secundários e abordagem quantitativa. Para isso, foram utilizados os dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), avaliando as variáveis sexo, faixa etária, escolaridade, raça, local do óbito e município do óbito. Resultados: Identificaram-se, durante os anos de 2015 a 2021, 18.538 óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio, sendo que 2.483 ocorreram em 2015, 2.753 em 2016, 2.570 em 2017, 2.764 em 2018, 2.650 em 2019, 2.557 em 2020 e 2.761 em 2021. O sexo masculino representou 62,16% dos casos e o sexo feminino 37,84%. As faixas etárias mais prevalentes foram de 70 a 79 anos de idade com 25,87%, seguido de 80 anos ou mais com 25,18% e 60 a 69 anos com 24,89%, sendo que a faixa etária menos frequente foi entre 10 a 14 anos com 0,01%, representando apenas 1 óbito durante o período do estudo. Em relação à raça, 91,01% eram brancos, 5,05% pardos e 2,53% pretos. A respeito da escolaridade, observou-se uma maior ocorrência do evento em pessoas que estudaram por um período entre 4 a 7 anos, representando 34,38%, seguidos de 1 a 3 anos, com 26,19%. Quanto ao local de ocorrência do óbito 52,86% deles ocorreram em hospitais e 35,89% em domicílio, sendo Joinville o município que mais registrou óbitos neste período com 7,55%. Conclusão: Os dados obtidos apontaram maior prevalência de óbitos por IAM em idosos do sexo masculino, de raça branca e com uma média de escolaridade entre 4 a 7 anos, demarcando o perfil predominante em Santa Catarina. Além disso, os óbitos apresentaram um valor expressivo de ocorrência em domicílios, o que aponta para a importância da conscientização da população acerca dos sinais de alarme da doença, bem como a busca adequada e ágil por serviços de emergência. Portanto, evidencia-se que os fatores demográficos devem sempre ser considerados na elaboração de estratégias e políticas públicas, permitindo uma abordagem mais efetiva e redução da mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio.
Palavras Chave:
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO; ÓBITO; SANTA CATARINA; EPIDEMIOLOGIA; SAÚDE PÚBLICA
Referências:
1. PubMed [Internet]. [Infarto agudo de miocardio: revisión sobre factores de riesgo, etiología, hallazgos angiográficos y desenlaces en pacientes jóvenes] - PubMed; [citado 6 jul 2023]. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33471784/. Acesso em: 5 jul. 2023.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Infarto Agudo do Miocárdio. [Brasília]: Ministério da Saúde, jul. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/infarto#:~:text=Informa%C3%A7%C3%B5es%20Importantes,da%20%C3%A1rea%20que%20foi%20obstru%C3%ADda. Acesso em: 5 jul. 2023.