17 a 19 de Agosto de 2023

Local: Expocentro Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - SC



Código do Trabalho: 6

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: INSTITUTO DO CORAÇÃO, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (INCOR-FMUSP)




Título:
ANÁLISE DA CURVA DE APRENDIZADO DO IMPLANTE DA VÁLVULA AÓRTICA TRANSCATETER PARA MORTALIDADE HOSPITALAR NO BRASIL


Autores:
FERNANDO LUIZ DE MELO BERNARDI, ALEXANDRE ABIZAID, FÁBIO SÂNDOLI DE BRITO JR., PEDRO LEMOS, FAUSTO FERES, HENRIQUE BARBOSA RIBEIRO, SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA



Tema Livre:
Introdução: Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, não há dados robustos sobre a curva de aprendizado (CA) do implante da válvula aórtica transcateter (TAVI), uma vez que os dados publicados vêm de estudos conduzidos em países desenvolvidos. Questão de pesquisa: Qual é CA da TAVI no Brasil e como ele se comportou ao longo da história do procedimento no país. Métodos: Foram utilizados dados de centros que participam ativamente do registro brasileiro de TAVI de fevereiro de 2008 a fevereiro de 2023. Todos os casos de cada centro foram enumerados cronologicamente em sequência e uma análise da curva de aprendizado foi realizada utilizando método de “restricted cubic splines” ajustados para o EUROSCORE-II e a utilização de próteses de nova geração. Além disso, o número de sequência dos casos foi agrupado em: 1º ao 40º caso (experiência inicial), 41º ao 80º caso (experiência precoce), 81º ao 120º caso (experiência intermediária) e acima do 121º caso (experiência alta). Análise adicional foi realizada agrupando hospitais de acordo com o número de casos realizados antes de 2014: centros de alto volume (≥40 procedimentos) e baixo volume (≤40 procedimentos). O desfecho primário foi mortalidade hospitalar em até 30 dias de internação. Resultados: Um total de 3.179 pacientes de 25 centros foram incluídos. A idade mediana e Euroscore 2 foram 82 (77-86) e 4,7 (2,6-8,7), respectivamente, e 51,5% eram homens. A análise da CA demonstrou uma queda na mortalidade hospitalar após o tratamento de 40 pacientes. Um nivelamento da curva foi observado após o caso #118. Houve melhora progressiva da mortalidade hospitalar por meio dos grupos de experiência (8,7%, 8%, 6,1% e 4% para experiência inicial, precoce, intermediária e alta, respectivamente, P<0,001). A alta experiência foi um preditor independente de mortalidade hospitalar após contabilizar fatores confundidores (OR 0,52, P=0,002 vs. experiência inicial). A análise da CA dos centros de baixo volume antes de 2014 mostrou uma inclinação menos acentuada com queda na mortalidade sendo observada somente após o caso #80, em contraste a CA dos centros de alto volume antes de 2014, onde uma queda na mortalidade já era evidente após o caso #10. Conclusão: Ao longo da história do TAVI no Brasil, observou-se um fenômeno de CA para a mortalidade hospitalar. No entanto, este fenômeno foi muito mais acentuado em centros cuja experiência inicial ocorreu antes de 2014 em comparação a centros com experiência inicial após 2014.

Palavras Chave:
IMPLANTE DE VÁLVULA AÓRTICA TRANSCATETER; CURVA DE APRENDIZADO; BRASIL

Referências:
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