17 a 19 de Agosto de 2023

Local: Expocentro Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - SC



Código do Trabalho: 53

Categoria: Relato de Caso

Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE




Título:
RELATO DE CASO: SUSPEITA DE SÍNDROME DE WOLFF-PARKINSON-WHITE NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


Autores:
DANIELI SCHMITT TOMAZ, PRISCILA FARIAS DA SILVEIRA, MARIA EDUARDA ZEN BIZ, SASCKIA KADISHARI MEDEIROS DUARTE



Tema Livre:
INTRODUÇÃO A síndrome de Wolff-Parkinson-White (SWPW) é uma forma de arritmia na qual o sistema elétrico de condução apresenta uma ou mais vias acessórias. Ocorre com maior prevalência entre os homens e pode estar presente em todas as idades, com maior incidência no primeiro ano de vida e na adolescência¹. Grande parte dos pacientes com SWPW são assintomáticos e descobrem a patologia ocasionalmente, em exames eletrocardiográficos solicitados por outras razões, porém uma parte dos portadores apresentam sintomas que se manifestam como palpitações leves, tontura, dispnéia, dor torácica, síncopes e, raramente, morte súbita cardíaca². O eletrocardiograma (ECG) típico da SWPW, durante o ritmo sinusal, é composto por: intervalo PR curto (<120ms), QRS prolongado (>120ms), com presença de onda delta e alterações da repolarização ventricular. Apresenta também taquiarritmia paroxística supraventricular¹. DESCRIÇÃO DO CASO Individuo masculino, 19 anos, chega ao pronto atendimento queixando-se de palpitações aos esforços e episódios de síncope precedidos por taquicardia há 3 semanas. Passou por atendimentos no mesmo serviço de urgência anteriormente, em que se levantou hipótese de infarto agudo do miocárdio (IAM) e realizada trombólise. Fez uso de propranolol, sem melhora dos sintomas. Aos exames laboratoriais teve alteração apenas de CK-MB=10,7. Ao ECG, apresentou taquicardia supraventricular com reentrada nodal; supradesnivelamento de segmento ST em derivações inferiores, podendo estar relacionado a evento isquêmico. Solicitou-se internação na clínica médica, setor de cardiologia, onde evoluiu de forma satisfatória, sem novos episódios de taquiarritmia. Novo ECG revelou ritmo sinusal, com QRS 128 ms e presença de onda delta. Recebeu alta no sétimo dia de internação hospitalar, em uso de atenolol e propafenona, orientado seguimento com cardiologista e solicitada realização de estudo eletrofisiológico. CONCLUSÕES O médico generalista precisa estar familiarizado com os sinais e sintomas da SWPW e ser capaz de identificar a condição no pronto-socorro para garantir um diagnóstico precoce, iniciar o tratamento adequado e encaminhar o paciente para um especialista em cardiologia, se necessário. Além disso, a identificação rápida da WPW no pronto-socorro é essencial para iniciar a intervenção apropriada para controlar os episódios de taquicardia supraventricular e prevenir complicações graves como a fibrilação ventricular. Assim, esse relato de caso demonstra a importância do médico generalista reconhecer a SWPW no serviço médico de urgência e emergência.

Palavras Chave:
SÍNDROME DE WOLFF-PARKINSON-WHITE; ARRITMIAS CARDÍACAS; SERVIÇOS MÉDICOS DE EMERGÊNCIA.

Referências:
1. CAMILO, Gérsica Ferreira et al. Síndrome de wolff parkinson white: relato de caso. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research. Nov 2019.Vol.28,n.2,p.36-38. 2. INÊS, Paula Ananda Chacon. Síndrome de Wolff-Parkinson-White: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde. abr 2020. n.47, p.4-8.