17 a 19 de Agosto de 2023

Local: Expocentro Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - SC



Código do Trabalho: 52

Categoria: Relato de Caso

Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE




Título:
ATRESIA PULMONAR COM CIV: RELATO DE CASO.


Autores:
NAYANE RODRIGUES LONGHI, EDUARDA CHUPEL VICENTE



Tema Livre:
Introdução: A Atresia pulmonar com CIV apresenta achados ecocardiográficos semelhantes à Tetralogia de Fallot, como aumento de calibre da aorta ascendente, cavalgamento da valva aórtica sobre o septo trabecular, CIV subaórtica com mau-alinhamento septal e desvio ântero-superior do septo infundibular. A condição para o diagnóstico é a demonstração de uma via de saída do ventrículo direito fechada e sem fluxo anterógrado. Pode ser identificada circulação colateral sistêmico-pulmonares. Exposição do caso: Paciente do sexo feminino, nascida à termo, com apgar 8 no primeiro minuto, avaliada com sopro sistólico e cianose de extremidades, sendo solicitados exames de imagem complementares. Ao raio-x, foi detectado um aumento da trama pulmonar e área cardíaca. Ecocardiograma revelou atresia pulmonar com comunicação interventricular, desvio ântero-superior do septo infundibular, pulmonares de 4mm confluentes e colaterais sistêmicos pulmonares, assim solicitado a transferência para um centro de referência com 3 meses de vida. No serviço especializado, realizou um cateterismo cardíaco que revelou colaterais sistêmicos pulmonares múltiplas, 3 finas à direita e 2 à esquerda de maior calibre, ausência de artérias pulmonares, coronárias normoposicionadas e gradiente VE-AO 10 mmHg, sendo submetida a cirurgia paliativa (ligadura da colateral inferior e bandagem da colateral esquerda superior) pelo quadro de insuficiência cardíaca congestiva. Após a cirurgia, o ecocardiograma de controle mostrou bandagem com pressão de 25mmHg, foi prescrito diurético de alça e digitálico endovenoso por dois dias, com melhora do quadro e alta hospitalar após uma semana. No decorrer das consultas, entre 2008 e 2019, evidenciou evolução do quadro de hipertrofia do ventrículo direito, ectasia do ramo ascendente da aorta e estenose de algumas colaterais sistêmico-pulmonares, cursando com cianose generalizada e leve hipocratismo digital. Eletrocardiogramas sugeriram sobrecarga ventricular direita. A paciente recebe acompanhamento médico anual para monitorar e realizar ajustes no tratamento, faz reabilitação cardiopulmonar e oxigenoterapia noturna. Medidas que são necessárias para a melhora do quadro clínico decorrente da dessaturação e hipertensão pulmonar. Logo, o tratamento medicamentoso da paciente se resume no uso contínuo de vasodilatadores e anti-hipertensivos pulmonares. Conclusão: A atresia pulmonar com comunicação interventricular é uma condição rara em que constitui uma obstrução na via pulmonar e uma comunicação entre os ventrículos. O que difere da Tetralogia de Fallot é a ausência de dextroposição da aorta e a hipertrofia do ventrículo direito. Consiste de uma cardiopatia complexa com desafios no tratamento e acompanhamento do paciente, pois métodos corretivos nem sempre são possíveis. Este relato destaca a importância da intervenção imediata no tratamento da atresia pulmonar com CIV e enfatiza o monitoramento contínuo do paciente para garantir qualidade de vida.

Palavras Chave:
CARDIOPATIA CONGÊNITA; ATRESIA PULMONAR; COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR,

Referências: