Código do Trabalho: 45
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HOSPITAL SÃO LUIZ - ANÁLIA FRANCO. REDE D'OR
Título:
TROMBO EXTENSO DE ÁTRIO DIREITO EM PACIENTE JOVEM COM MUTAÇÃO DO FATOR V DE LEIDEN – RELATO DE CASO
Autores:
KAROLYNE MOURA RIQUE DE OLIVEIRA, FLÁVIA RENNÓ TROIANI, VINÍCIUS SANTIAGO DE LIMA, JÚLIA GALVANI NOBRE FERRAZ, GUILHERME D ANDREA SABA ARRUDA, ANDRÉIA DIAS JERONIMO, LUIZ FELIPE PORRIO DE ANDRADE , RAFAEL DOMICIANO, ANDRÉ FELDMAN
Tema Livre:
Introdução
Apresentamos o caso de um paciente com mutação do Fator V de Leiden (FVL) em heterozigose que apresentou trombo extenso em átrio direito (AD) na vigência de anticoagulação com rivaroxabana.
Relato de caso
Homem, 26 anos, deu entrada no departamento de emergência com quadro álgico em ambos membros inferiores iniciado 4 dias antes. Ultrassom Doppler de membro inferior esquerdo com presença de tromboflebite de veia safena magna e trombose venosa profunda (TVP) na veia femoral comum, poplítea e tibiais posteriores. Antecedentes: portador de mutação do FVL em uso regular de rivaroxabana 20mg/dia, 3 episódios prévios de TVP com o primeiro episódio aos 16 anos de idade e um episódio de Tromboembolismo Pulmonar (TEP), trombectomia de eixo cavo-ilíaco com implante de stents em veias femorais bilateralmente e filtro de veia cava inferior. Realizados ecocardi¬¬ograma transtorácico que evidenciou imagem ecogênica em átrio direito (AD) e em seguida ressonância magnética cardíaca com trombo em AD de contornos irregulares, com 50 x 39 mm e base larga localizado próximo à desembocadura da veia cava superior, causando insuficiência tricúspide. Devido à extensão e obstrução ao fluxo tricuspídeo com gradiente máximo de 15 mmHg, foi indicada trombectomia. Realizado procedimento cirúrgico sem intercorrências. Reiniciada anticoagulação com enoxaparina como ponte para varfarina.
Discussão
A mutação do FVL é o defeito genético mais frequentemente envolvido na etiologia de eventos tromboembólicos venosos (TEV) e sua ocorrência em heterozigose aumenta em três a oito vezes o risco de TEV. Paciente estava em uso de rivaroxabana de forma regular, no entanto, houve formação de trombo gigante em AD. Estudos são mais incisivos em ressaltar que a anticoagulação seja feita com varfarina no contexto da mutação do FVL, porém e¬studos de menor porte defendem o uso de anticoagulantes orais diretos.
Conclusão:
A investigação etiológica, bem como a escolha adequada do anticoagulante deve ser feita rotineiramente em pacientes com trombos gigantes em cavidades cardíacas.
Palavras Chave:
TROMBOSE; FATOR V DE LEIDEN; ANTICOAGULAÇÃO
Referências: