17 a 19 de Agosto de 2023

Local: Expocentro Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - SC



Código do Trabalho: 38

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: HOSPITAL BAÍA SUL - FLORIANÓPOLIS (SC)




Título:
APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO INICIAL DE UM PROTOCOLO DE DOR TORÁCICA EM EMERGÊNCIA: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE GRANDE VOLUME.


Autores:
RODRIGO DE MOURA JOAQUIM, VINICIUS FARIAS MAURÍCIO, JOÃO PEDRO DE OLIVEIRA VIANNA, HELOÍSA BUDAL MEIER, LAURA POETA, RAFAELA BERNARDI OGLIARI, GABRIELA REZENDE CARVALHO, TAMMUZ FATTAH, ROBERTO LEO DA SILVA



Tema Livre:
Introdução: As taxas de atendimento por dor torácica são elevadas na emergência. Protocolos de dor torácica são fundamentais na prática clínica e visam garantir o atendimento sistematizado de pacientes de forma a liberar de maneira precoce os de menor risco e garantir a internação hospitalar ou investigação de pacientes com maior risco para eventos cardiovasculares ou de outras doenças graves, que se apresentem com o quadro. Métodos: De julho de 2021 até dezembro de 2021, foram avaliados todos os protocolos de dor torácica abertos na emergência geral de um hospital privado de Florianópolis/SC. Esse período compreende os primeiros 6 meses da aplicação do protocolo. O objetivo primário foi avaliar o tempo de permanência na unidade e sua associação com o risco dos pacientes. Analisamos ainda características clínicas, qualidade do atendimento e ocorrência de eventos nos pacientes admitidos ou liberados pelo protocolo em 30 dias de seguimento. Análises foram realizadas com SPSS 26 e teste de Spearman utilizado para avaliar associação de variáveis contínuas. Resultados: No período foram abertos 154 protocolos de dor torácica, dois pacientes não tinham dados adequados e foram excluídos. Dos 152 pacientes incluídos o eletrocardiograma inicial foi realizado em média de 5,7 (±3) minutos e o tempo médio de permanência na emergência foi de 203 (±361) minutos. Idade média foi de 52,1 (±18) anos, 54% eram do sexo feminino e as comorbidades mais prevalentes foram hipertensão (53%) diabetes mellitus (16%) e obesidade (19%). Depressão e/ou Ansiedade estavam presentes em 16% dos pacientes 10% tinham dislipidemia, 11% infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio. Troponina foi solicitada para 110 (72,3%) pacientes, com média de 0,9 coletas/paciente, e até 4 coletas. Apenas 11 (7%) pacientes se apresentaram com dor torácica considerada típica (tipo A). Eletrocardiograma estava alterado em 40 (26%) pacientes, com 10 (6,6%) apresentando supradesnivelamento do segmento ST. Vinte e seis (17%) pacientes foram internados devido ao protocolo, 24 (15,7%) por síndrome coronariana aguda (SCA) e 2 por causas não cardíacas. O escore HEART médio foi de 2,6 (±2) e o escore GRACE 67,7 (±35) denotando uma população de baixo risco. Os escores HEART e GRACE mais elevados foram associados a maior tempo de permanência na unidade de emergência (p<0,001 e p=0,02 respectivamente) o que demonstra que a população de maior risco permaneceu em avaliação por período maior até definição diagnóstica enquanto a de menor risco foi liberada de forma mais precoce. Três (1,9%) pacientes morreram durante os primeiros 30 dias de segmento, todos relacionados a complicações de IAM. Nenhum paciente liberado apresentou evento cardiovascular em 30 dias de seguimento. Conclusão: Nos primeiros meses de utilização de um protocolo de dor torácica em emergência identificou-se população de baixo risco pelos escores com altas taxas de admissão devido a SCA. A aplicação do protocolo liberou de maneira mais precoce os pacientes de menor risco e não ocorreram eventos no seguimento inicial desses pacientes, demonstrando eficácia e importância desse processo quando aplicado de maneira adequada na emergência.

Palavras Chave:
EMERGÊNCIA; DOR TORÁCICA; SÍNDROME CORONARIANA AGUDA; PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS

Referências: