Código do Trabalho: 37

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: HOSPITAL BAÍA SUL - FLORIANÓPOLIS (SC)

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Título:
EXPERIÊNCIA DE DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA NA REALIZAÇÃO DE CATETERISMO CARDÍACO DIREITO PELA VIA BRAQUIAL.

Autores:
RODRIGO DE MOURA JOAQUIM, VINICIUS FARIAS MAURÍCIO, TAMMUZ FATTAH, ROBERTO LEO DA SILVA

Tema Livre:
Introdução: O cateterismo direito é fundamental para avaliação e seguimento do tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar. As raras complicações do procedimento estão geralmente relacionadas a via de acesso, usualmente femoral ou jugular interna. Além do risco de acidentes de punção, hematomas, infecções e maior permanência hospitalar estão relacionados ao uso destes acessos. O uso do ultrassom vascular permite o acesso de veias do braço, que aparenta ser uma alternativa mais segura. Metodologia: Foram avaliados pacientes do serviço de cardiologia intervencionista de dois hospitais de referência em realização de cateterismo cardíaco direito, de 2019 até 2023. O objetivo foi relatar e descrever nosso período de experiência inicial em cateterismo cardíaco direito utilizando acesso por veias do braço, guiado pela ultrassonografia. Resultados: De agosto de 2019 até maio de 2023, foram realizados 94 cateterismos cardíacos direitos em dois hospitais de Florianópolis por dois operadores. O período iniciou com a definição da via braquial como preferencial e todas as punções foram realizadas guiadas por ultrassom, inicialmente com introdutor 5F radial seguida de troca por introdutor 7F femoral e realizados com cateter de Swan-Ganz 7F. Quando necessário, o cateterismo esquerdo foi realizado por via transradial ipsilateral em 7 (7,5%) pacientes. A idade média dos pacientes foi de 52,7 anos e 70 (74,5%) eram mulheres. A indicação do exame foi para avaliação de hipertensão pulmonar em 92 (97,9%) pacientes e 2 (2,1%) para avaliação de cardiopatias congênitas. Desses exames 91 (96,8%) foram realizados por veias do braço, sendo 89 (94,7%) foram pela veia basílica e 2 (2,1%) pela veia cefálica. Os outros exames foram realizados pela veia jugular (1 – 1,0%), para estudo de cardiopatia congênita e pela veia femoral (2 – 2,1%), por falha no acesso pelo braço, um por impossibilidade de punção e outro por tortuosidades. A única complicação foi um caso (1,0%) de trombose venosa em membro superior direito, manejada clinicamente. Concomitante a avaliação pressórica e de gasometrias, foram realizadas 23 (24,5%) arteriografias pulmonares para avaliação de tromboembolismo pulmonar crônico pela mesma via, sendo possível o reposicionamento do membro superior para aquisição de imagens laterais. Conclusão: A realização de cateterismo direito por via braquial é factível e segura, apresentando alta taxa de sucesso e poucas complicações, podendo ser utilizada como via de acesso padrão para esse procedimento, mesmo quando for necessária a realização de arteriografia pulmonar.

Palavras Chave:
CATETERISMO CARDÍACO; HIPERTENSÃO PULMONAR; ACESSO VASCULAR

Referências:

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