17 a 19 de Agosto de 2023

Local: Expocentro Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - SC



Código do Trabalho: 28

Categoria: Estudo

Instituição de Ensino: HOSPITAL SOS CARDIO / INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE SANTA CATARINA




Título:
RESULTADOS HOSPITALARES DO IMPLANTE PERCUTÂNEO DE VÁLVULA AÓRTICA EM DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA


Autores:
LUIZ EDUARDO KOENIG DE SÃO THIAGO, LUIZ CARLOS GIULIANO, LEANDRO WALDRICH, RICARDO ZANELLA ANTONIOLLI, EDUARDA VENÂNCIO



Tema Livre:
Foi realizada uma análise descritiva dos resultados e complicações intra-hospitalares dos implantes percutâneos de valva aórtica (TAVI) realizados em duas instituições de referência do estado de Santa Catarina, além de uma análise comparativa avaliando o sucesso do procedimento e o índice de complicações em dois períodos distintos – Período A (realizou mais de 40 implantes por ano) e o Período B (realizou menos de 40 implantes por ano), sendo que todos os casos foram executados pela mesma equipe médica. Os dados foram coletados retrospectivamente e analisados utilizando-se médias, desvio padrão e frequências. Foram incluídos 319 pacientes submetidos a TAVI, dos quais 229 pertenciam ao período A e 90 pertenciam ao período B. Dos 229 pacientes incluídos no período A, a faixa etária média foi de 81,7 ± 6,83 anos, dos quais 54,8% pertenciam ao sexo masculino. Sendo que 85% dos pacientes estavam em classe funcional III/IV. A via de acesso principal para o implante da prótese foi de 94,3% pela via femoral, 3,1% pela via carotídea e 2,6% pela via subclávia. Dentre os pacientes analisados 5,2% foram submetidos a hemodiálise no pós-operatório. Em 9,6% dos pacientes estudados foi realizado implante de marcapasso definitivo após a realização da TAVI, 7,8% apresentaram complicações vasculares, 0,4% foram submetidos a cirurgia cardíaca de emergência, 0,4% evoluíram com tamponamento cardíaco, 0,9% apresentaram AVEi no pós-operatório e 0,4% foram submetidos a reintervenção valvar percutânea. Foi definido como sucesso do implante aqueles pacientes que evoluíram com gradiente transvalvar médio inferior < 20 mmHg em conjunto com a ausência de refluxo paravalvar ou central moderado a severo e o sucesso do procedimento foi definido como sucesso do implante somado a ausência de óbito, AVEi ou cirurgia cardíaca de urgência. Dentre os pacientes incluídos a taxa de sucesso do implante e sucesso do procedimento foi de 97,3% e 96% respectivamente, sendo que a taxa de óbito foi de 3,6% (8 pacientes). Analisando individualmente a mortalidade dos pacientes submetidos a TAVI, 1 ocorreu em paciente submetido a TAVI de urgência com instabilidade hemodinâmica, 3 ocorreram por complicações vasculares e 4 por complicações clínicas. Foi realizada uma análise comparativa entre os períodos distintos, período A (realizou mais de 40 implantes por ano) e o período B (realizou menos de 40 implantes por ano). Observando-se que o sucesso do implante foi de 97,3% no período A e 93,3% no período B, o sucesso do procedimento foi de 96% no período A e 75,3% no período B e o índice de mortalidade foi de 3,6% no período A e 10,1% no período B, demonstrando que a taxa de insucesso do implante, o número de AVEi, óbitos e pacientes que necessitaram de cirurgia cardíaca de emergência foi significativamente maior no período B, comprovando que a experiência e o volume de procedimentos do operador é de fundamental importância para atingir menores índices de complicações e maiores taxas de sucesso.

Palavras Chave:
TAVI, PERCUTÂNEO, AÓRTICA

Referências:
1. Vemulapalli S, Carroll JD, Mack MJ, et al. Procedural Volume outcomes for tanscatheter aortic-valve replacement. N Engl J Med. 2019;380:2541-50 2. Díez JG. Transcatheter aortic valve implantation (TAVI): the hype and the hope. Tex Heart Inst J. 2013;40(3):298-301. PMID: 23914025; PMCID: PMC3709202. 3. Mack MJ, Leon MB, Smith CR, et al; 5-year outcomes of transcatheter aortic valve replacement or surgical aortic valve replacement for high surgical risk patients with aortic stenosis (PARTNER 1): a randomised controlled trial. Lancet. 2015;385(9986):2477-2484. 4. Leon MB, Smith CR, Mack MJ, et al., on behalf of the PARTNER 2 Investigators. Transcatheter or Surgical Aortic-Valve Replacement in Intermediate-Risk Patients. N Engl J Med 2016;374:1609-20 5. Pibarot P, Ternacle J, Jaber WA, et al. Structural Deterioration of Transcatheter Versus Surgical Aortic Valve Bioprostheses in the PARTNER-2 Trial. J Am Coll Cardiol 2020;76:1830-43 6. Mack MJ, Leon MB, Thourani VH, et al. Transcatheter Aortic-Valve Replacement with a Balloon-Expandable Valve in Low-Risk Patients. N Engl J Med Published Online First: 16 March 2019. 7. Varadarajan P, Kapoor N, Bansal RC, et al. Clinical Profile and Natural History of 453 Nonsurgically Managed Patients With Severe Aortic Stenosis. Ann Thorac Surg 2006;82:2111–5. 8. Webb JG, Chandavimol M, Thompson CR, et al. Percutaneous Aortic Valve Implantation Retrograde From the Femoral Artery. Circulation 2006;113:842–50. 9. Lateef N, Khan MS, Deo SV, Yamani N, Riaz H, Virk HUH, Khan SU, Hedrick DP, Kanaan A, Reed GW, Krishnaswamy A, Puri R, Kapadia SR, Kalra A. Meta-Analysis Comparing Outcomes in Patients Undergoing Transcatheter Aortic Valve Implantation With Versus Without Percutaneous Coronary Intervention. Am J Cardiol. 2019 Dec 01;124(11):1757-1764