17 a 19 de Agosto de 2023

Local: Expocentro Balneário Camboriú
Balneário Camboriú - SC



Código do Trabalho: 15

Categoria: Relato de Caso

Instituição de Ensino: HOSPITAL REGIONAL SÃO PAULO




Título:
RELATO DE CASO DE PACIENTE JOVEM COM TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS SEM CORREÇÃO CIRÚRGICA.


Autores:
JAMILA ALBARELLO, GÉSSICA GEHLEN, MARINES BERTOLO PERES



Tema Livre:
INTRODUÇÃO: A Transposição dos Grandes Vasos (TGA) é uma cardiopatia cianótica rara. Sua etiologia exata é desconhecida. Estima-se que essa doença sem tratamento cirúrgico leva ao óbito 51,6% dos pacientes no primeiro mês de vida e de aproximadamente 90% no primeiro ano de vida. DESCRIÇÃO DO CASO: L.J.Z, 24 anos, portador de Transposição de Grandes Vasos sem correção cirúrgica. Iniciou acompanhamento com cardiologista em Xanxerê-SC aos 16 anos, já em tratamento paliativo, dependente de oxigenoterapia domiciliar e em uso de sildenafil, captopril e gardenal. Diversos ajustes medicamentosos foram realizados ao longo dos anos, conforme evolução clínica da doença, sendo que suas últimas prescrições continham sildenafil, nifedipina, furosemida, alopurinol, espironolactona, gardenal e realizava sangria conforme hematócrito. Apresentava cianose de extremidades, baqueteamento digital, dispneia aos mínimos esforços. Exames laboratoriais revelavam plaquetopenia, policitemia, hiperuricemia e hiperbilirrubinemia. Aos 20 anos já com hepatoesplenomegalia importante, dor abdominal crônica e plaquetopenia grave necessitou pulsoterapia com corticoticóide. Aos 23 anos apresentou Acidente Vascular Cerebral isquêmico com transformação hemorrágica e sequela ocular. Ecocardiograma 03/2023: Comunicação interventricular (CIV) ampla, Eisenmenger, Transposição de grandes vasos, Esclerose valvar pulmonar com estenose e insuficiência moderada, ectasia do tronco pulmonar, aumento de ventrículo direito. Faleceu aos 24 anos. CONCLUSÃO: No caso clínico apresentado a transposição de grandes vasos não foi corrigida com tratamento cirúrgico na infância por imposição da família, possivelmente a CIV ampla auxiliou no aumento da sobrevida. A evolução natural da doença trouxe importantes limitações no desenvolvimento social e emocional do paciente, além de ter reduzido a sobrevida e aumentado a morbidade em relação aos pacientes tratados cirurgicamente com técnica adequada e em tempo hábil, conforme consta na literatura.

Palavras Chave:
TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS, CIRURGIA

Referências:
1-Binotto CN, Alves SC, Turra MLM, Malanche RM. Transposição de Grandes Vasos em criança de 1 ano de idade. Residência Pediátrica. 2017;8(1):41-44. 2- Martins P, Castela E. Transposition of the great arteries. Orphanet Journal of Rare Diseases. 2008; 3:27. 3- Pimenta LC, Pimenta VHD, Tristão JLPT, Pimenta SHR, da Silva AC, Santa LC, Macedo PHL, Maciel ER, Santos FA de V. Transposição de grandes vasos: uma comparação entre as técnicas operatórias. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13 de Abril de 2021; acesso 22 de maio de 2023; 13(4):e6577. Disponível em https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/6577 . 4- JATENE MB, Jatene FB, Monteiro AC. Correção cirúrgica da transposição das grandes artérias: 30 anos de operação de Jatene. Revista Médica de São Paulo, 2005; 84(3-4): 113-7. 5- . MARATHE SP, TALWAR S. Surgery for transposition of great arteries: A historical perspective. Ann Pediatr Cardiol, 2015; 8(2): 122–128.